Porque me ufano
Caso você ignore, há um sentido em ser brasileiro - significa que seus ancestrais foram expulsos de todos os países decentes do mundo e acabaram aqui. Novo Velho Mundo é isso aí, caso você não saiba.
Ontem a Folha de São Paulo publicou uma reportagem sobre um grupo de kamikazes que se encontra em São Paulo. Pela lógica, kamikaze vivo é a escória da categoria - os muito bons se esborracharam contra um navio americano ou britânico, e os medíocres foram abatidos no caminho. Piores do que os nossos kamikazes, só alguns que emigraram para o Paraguai - eu espero.
Agora a fúria dos ufanos recai sobre o tal "TURISTAS", um filmeco B que eu ainda vou ver numa madrugada insone daqui a uns meses. A reclamação é que a imagem do Brasil é distorcida: mulatas, bundas, mulher bonita, praia, criminalidade, gente falando espanhol. Ora, se aqui não é assim eu ando lendo os jornais e revistas do país errado, porque entre a bunda da Cicarelli e a última da Gimenez não existe muita diferença do roteiro. E o Evo Morales e o Chavez falam espanhol (deviam falar algum obscuro dialeto indígena, ficava mais bacana e coerente) e mandam no pedaço. Quanto à criminalidade, já estou no sexto toca CD´s, fui assaltado à mão armada duas vezes, e até me considero um sortudo. E calar a boca dos que reclamam da lenda do tráfico de órgãos é facílimo: é só dar uma gruja para o pessoal que fez "Central do Brasil" que os outros calam a boca.
Um dos mitos mais infantis da esquerda é a honestidade do povo brasileiro. Qualquer coisa esquecida aqui por cinco minutos se foi para sempre, e mesmo que você pergunte para quem com certeza levou só vai ganhar um sorriso maroto de volta. Quem devolve alguma coisa de valor por aqui vira manchete de jornal, tal a raridade. Já me levaram na cara dura alguns itens monogramados, e não importa a classe social dos frequentadores da espelunca que você frequenta - todo o mundo rouba um pouquinho, é quase um hobby nacional.
Até agora só conheço dois itens seguros: livros e óculos de grau. Os livros ninguém leva, e os óculos geralmente também não - se bem que no caso de óculos escuros a devolução costuma ser bem posterior, quando o mão leve fica com dor-de-cabeça por causa das lentes de grau. E por duas vezes eu ainda tive que escutar os que devolviam reclamarem da enxaqueca. Eu juro.
Ontem a Folha de São Paulo publicou uma reportagem sobre um grupo de kamikazes que se encontra em São Paulo. Pela lógica, kamikaze vivo é a escória da categoria - os muito bons se esborracharam contra um navio americano ou britânico, e os medíocres foram abatidos no caminho. Piores do que os nossos kamikazes, só alguns que emigraram para o Paraguai - eu espero.
Agora a fúria dos ufanos recai sobre o tal "TURISTAS", um filmeco B que eu ainda vou ver numa madrugada insone daqui a uns meses. A reclamação é que a imagem do Brasil é distorcida: mulatas, bundas, mulher bonita, praia, criminalidade, gente falando espanhol. Ora, se aqui não é assim eu ando lendo os jornais e revistas do país errado, porque entre a bunda da Cicarelli e a última da Gimenez não existe muita diferença do roteiro. E o Evo Morales e o Chavez falam espanhol (deviam falar algum obscuro dialeto indígena, ficava mais bacana e coerente) e mandam no pedaço. Quanto à criminalidade, já estou no sexto toca CD´s, fui assaltado à mão armada duas vezes, e até me considero um sortudo. E calar a boca dos que reclamam da lenda do tráfico de órgãos é facílimo: é só dar uma gruja para o pessoal que fez "Central do Brasil" que os outros calam a boca.
Um dos mitos mais infantis da esquerda é a honestidade do povo brasileiro. Qualquer coisa esquecida aqui por cinco minutos se foi para sempre, e mesmo que você pergunte para quem com certeza levou só vai ganhar um sorriso maroto de volta. Quem devolve alguma coisa de valor por aqui vira manchete de jornal, tal a raridade. Já me levaram na cara dura alguns itens monogramados, e não importa a classe social dos frequentadores da espelunca que você frequenta - todo o mundo rouba um pouquinho, é quase um hobby nacional.
Até agora só conheço dois itens seguros: livros e óculos de grau. Os livros ninguém leva, e os óculos geralmente também não - se bem que no caso de óculos escuros a devolução costuma ser bem posterior, quando o mão leve fica com dor-de-cabeça por causa das lentes de grau. E por duas vezes eu ainda tive que escutar os que devolviam reclamarem da enxaqueca. Eu juro.